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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Insônia


Em poucos instantes o sol vai nascer trazendo consigo um veredicto mudo: Mais uma noite sem dormir! Um aspirante à escritor que mais uma vez perdeu o sono...
Você consegue vê-lo? No som toca baixinho uma música antiga qualquer, na mão uma folha e uma caneta azul (nada poético como uma pena ou uma caneta tinteiro, é dessas simples mesmo, que você compra barato em qualquer papelaria), na cabeceira um livro que ele não terminou de ler - na verdade ele nem sabe se vai terminá-lo, ele não sabe se quer.
Sair às ruas da cidade é uma opção, caminhar sem um rumo certo, até estar cansado demais pra conseguir ficar acordado, quem sabe se juntar a alguns insônios. Mas a cidade da madrugada é perigosa, não se parece em nada com ela mesma à luz do dia, a noite ela adquire uma forma mais sombria... Com seus boêmios bebendo em copos cheios de mágoas com cubos de gelo, um bando de almas doentes vagam, mas não seria ele mesmo uma alma dessas? A pergunta fica no ar sem nenhuma resposta, afinal, quem o responderia a essa hora? Todos dormem, todos exceto ele...
Anda pela casa, liga a TV mas não está com paciência pra assistir nada, toma água mesmo sem sede e volta pro quarto.
Que inveja ele sente de todas essas janelas escuras dos prédios vizinhos, guardam pessoas que, diferente dele, conseguiram diminuir o ritmo dos pensamentos, conseguiram se "desligar".
Chega de pensamentos! Apaga a luz e fecha os olhos que o sono vem! - Era o conselho da sua mãe desde quando ele era criança, falando assim até parece que  realmente é fácil.
Mas é melhor fazer isso mesmo, tentar mais uma vez, afinal já era possível ver pelo vidro de sua janela o céu com um tom mais claro, sinal de que em poucos instantes o sol vai nascer...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Desapego

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos que já se acabaram.  As coisas passaram, e o melhor que fazermos é deixar que elas possam ir embora. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo. Lembre-se de que houve uma época em que você podia viver sem aquilo, nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Encerrando ciclos. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Afinal se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. esqueça o passado, desapego é o segredo!

               Fernando Pessoa  

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

The Call

Só porque tudo está mudado
Não significa que nunca
Tenha sido assim antes

Tudo o que você pode fazer é tentar saber
Quem são seus amigos
Enquanto você vai para a guerra

             Regina Spektor

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011


"Mais sábios que os homens são os pássaros. Enfrentam as tempestades noturnas, tombam seus ninhos, dilaceram suas histórias. Pela manhã, tem todo o motivo para se entristecer e reclamar, mas cantam agradecendo a Deus por mais um dia"

                                             Augusto Cury


Como viver 200 anos


Vá a mais lugares
Abrace mais amigos
Diga menos NÃO
Invente menos problemas
Coma mais sobremesas
Ria mais de sí mesmo
Plante uma árvore
Tire mais fotos
Visite o fundo do mar
E o topo de uma montanha
Beije mais
Conte mais piadas
Se Apaixone mais vezes...
...Mesmo que seja sempre pela mesma pessoa!

(Autor Desconhecido)


Coisas que a vida ensina depois dos 40


Amor não se implora, não se pede, não se espera.
Amor se vive ou não.
Ciúmes é um sentimento inútil. Não torna ninguém fiel a você.
Crianças aprendem com aquilo que você faz, não com o que você diz.
As pessoas que falam dos outros para você vão falar de você para os outros.
Perdoar nos torna mais jovens.
Água é um santo remédio.
Deus inventou o choro para o homem não explodir.
Ausência de regras é uma regra que depende do bom senso.
Não existe comida ruim, existe comida mal temperada.
A criatividade caminha junto com a falta de grana.
Ser autêntico é a melhor e única forma de agradar.
Amigos de verdade nunca te abandonam.
O carinho é a melhor arma contra o ódio.
As diferenças tornam a vida mais bonita.
Há poesia em toda a criação divina.
Deus é o maior poeta de todos os tempos.
A música é a sobremesa da vida.
Acreditar não faz de ninguém um tolo. Tolo é quem mente.
De tudo o que fica são o seu nome e as lembranças acerca de suas ações.
Obrigado, desculpa, por favor... são palavras mágicas, chaves que abrem portas para uma vida melhor.
O amor... Ah, o amor...
O amor quebra barreiras,une facções, destrói preconceitos, cura doenças... não há vida decente sem o amor!
Quem ama e é amado vive a vida de forma mais alegre!

"Agora pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor."  - 1 Coríntios 13.13

de Artur da Távola

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sábado

Segunda, Terça, Quarta, Quinta, Sexta, SÁBADO!
Para os judeus o grande Shabat sagrado, para nós o dia tão esperado, o NOSSO DIA!
Quando você sai do trabalho na sexta a tarde já é sábado, e este dia vai até a tarde de domingo, o maior dia da semana. Aquele dia que é somente seu, afinal, esse você não vendeu pro seu patrão, esse é seu e ninguém tira! O dia em que você finalmente vai ter tempo pra colocar em dia toda a agenda pessoal tão adiada durante a semana (é claro que no fim do dia você não vai ter realizado quase nada, mas tudo bem, hoje é sábado!)
Dia de lavar o carro ou o cachorro, pintar a casa, dia de vestir sua melhor roupa, um churrasco com os amigos, um passeio no parque, afinal, hoje é sábado...
Ou até mesmo um dia pra ficar "meio sei lá", sabe? Acordar e dar um bom dia lá pelas tantas da tarde, dia de desligar o celular e assistir aquele filme, deitar depois do almoço e só levantar depois da janta, olhar pela janela e se dar ao luxo de entrar em "standby". Durma. Leia. Recolha-se em sí mesmo, ou exteriore-se, afinal... Hoje é sábado.
Apenas uma coisa não é permitido nesse dia: a melancolia, afinal, ela é reservada para os momentos finais do domingo, a vinheta de depois do Fantástico que te traz a memória a semana novinha que te encara do outro canto do ringue, o jeito é enfrentá-la!
Segunda, Terça, Quarta...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Enganar-se




"A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer" - Marina Colasanti


As vezes é mais fácil fingir que as coisas estão bem do que encarar a dura verdade
Então nos deixamoss levar pela maré, as rotinas da vida diária...
Esperamos que o confortável ritmo da familiaridade evite o inevitável só mais um pouco
Fazer as coisas voltarem ao normal, jogar tudo pra baixo do tapete, fechar os olhos, qualquer coisa só para nos dar mais um tempo.
Viver tentando nos convencer que tudo está bem pode ser o defeito mais difícil de nos livrarmos

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Muitas felicidades . . .


Muitas felicidades, muitos anos de vida!    
Como começar este texto de forma diferente sendo que é pra uma das pessoas que eu mais prezo pela felicidade?
Uma amiga que aprendeu a cativar a minha amizade como poucos
De um jeito irritantemente divertida, inconvenientemente palhaça, e apaixonantemente leal
Pela lógica da vida e conhecimento de causa, a distância devia ter nos afastado, a amizade devia ter se apagado... Mas não...
Uma amizade que cresceu na distância... cresceu porque tinha que crescer... cresceu porque era verdadeiramente AMIZADE.
Tantos momentos de saudade compartilhados, da família, da igreja, dos amigos... Todas elas compartilhadas e perfeitamente compreendidas
Tantos risos juntos, pessoalmente ou simples letras embaralhadas em uma tela de MSN, não deixaram de ser risos... Tantos outros segurados em momentos inoportunos (ou pelo menos tentamos abafá-los... Muitas vezes sem sucesso), ficaram as histórias para serem contadas.
A menina medrosa que saiu de casa e hoje luta pelo seus sonhos, talentosa e fiel ao seu Deus, que erra como todo mundo, mas que o faz tentando acertar. É à ela que eu tento homenagear no seu aniversário, mesmo que de uma forma tão simples, mas sabendo que todos os votos de felicidade e toda a saudade se estendem por todos os dias do ano...


Que Nosso Pai te abençoe e te guie nos seus projetos Ana, que os sonhos Dele prevaleçam sobre as suas vontades, e que nessa data você olhe pra trás e possa dizer: "Até aqui o Senhor me ajudou, por isso estou alegre!"


Dedicado à Ana Luiza G. S. Inácio



quinta-feira, 10 de novembro de 2011



- Pois é...
- Então...
- É fogo...
- Ô.
- Nem fale...
- É.
- Ô se é!

...


sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Autor da Vida - O Deus que sonhou



No início era o Verbo...
E o verbo se fez carne, e habitou entre nós.
João 1.1,14

Sentado junto à grande escrivaninha, o Autor abre o grande livro. Não há palavras. Não há porque não existe nenhuma palavra. Não existe nenhuma palavra porque nenhuma palavra é necessária. não há ouvidos para ouvi-las, não há olhos para lê-las. O autor está só.
E então, ele toma a grande pena e começa a escrever. Assim como um pintor junta suas cores, e o escultor suas ferramentas, o Autor reúne as palavras.
São três. Três únicas palavras. Dessas três fluirão milhões de pensamentos. Mas essas três palavras sustentarão toda a história.
Ele toma a pena e traça a primeira: T-e-m-p-o
O tempo não existiu até que Ele escreve-se. Ele em sí é atemporal, mas sua história ficaria fechada no tempo. A história teria o primeiro nascer do sol, o primeiro movimento da areia. Um capítulo final. Ele o conhece antes de escrevê-lo.
Tempo. Um passo na trilha da eternidade.
Devagar, com ternura, o Autor escreve a segunda palavra. Um nome: A-d-ã-o.
Enquanto escreve vê o primeiro Adão. Depois vê todos os outros. Em milhares de eras, em milhares de terras, o Autor os vê. Cada Adão, cada filho. Instantaneamente amados. Permanentemente amados. O Autor faz uma promessa a esses não nascidos: À minha imagem fá-los-ei, vocês serão como eu. Vão rir, vão criar...
Carinhosamente, deliberadamente, escreve a terceira palavra, sentindo já a dor.
E-m-a-n-u-e-l
A maior mente do universo imaginou o tempo. O mais capaz dos juízes garantiu uma escolha a Adão. mas foi o amor que concedeu o Emanuel, o Deus conosco. 
O Autor entraria em sua própria história.
A Palavra tornar-se-ia carne. Ele também nasceria. Ele também seria humano. Ele também teria lágrimas e provações. 
O autor conhece bem o peso dessa decisão. Faz uma pausa ao escrever a página de seu próprio sofrimento. Podia parar. Mesmo o Autor tem escolha. Mas como não criar, sendo Criador? Como não escrever, sendo Escritor? Como não amar, sendo amor? Assim escolhe a vida, embora signifique morte, na esperança de que seus filhos façam o mesmo.
E desse modo o Autor completa a história. Ele encrava a lança na carne, e rola a pedra sobre o túmulo. Conhecendo a escolha que fará, conhecendo a escolha que todos os Adões farão, escreve "Fim", então fecha o livro e proclama o início.
"Haja Luz!"

Trecho do livro "Ouvindo Deus na Tormenta" de Max Lucado 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Carta ao meu filho


Curitiba, 01 de Novembro de 2011

Oi filho, é o papai, atualmente eu tenho 20 anos e você ainda não nasceu, na verdade eu nem ao menos sei se já conheço a sua mãe. Queria que você tivesse acesso à essa carta quando tivesse 20 anos e entendesse um pouco da cabeça do seu velho quando tinha a sua idade.
Ainda estou no seminário, tentando aprender violão e teclado e sofrendo nas aulas de grego... será que hoje eu já tô melhor nessas coisas? rsrs
Tenho vontade de ter 3 filhos, Davi - escolhido do Senhor, Michel - Quem há como Deus? (em homenagem ao tio Mic), e uma menininha que eu ainda não escolhi um nome (imagino que sua mãe vá querer escolher algum também ... rsrs)
Se algum dia eu briguei com você de forma exagerada, perdão, meu sonho é que você seja a criança mais feliz e saudável do mundo, com as melhores companhias, que nunca se machuque ... mas é bem provável que no meio do caminho eu erre algumas vezes...
Se alguma vez eu te proibi de brincar pra não sujar sua roupa, se eu não dei o cachorro que você tanto sonhou, se não tive paciência pra sentar com você no tapete da sala pra te ajudar com a lição ou simplesmente pra te ouvir contar aquela histórinha que você tinha acabado de aprender, se alguma vez eu fiz alguma dessas coisas eu quero que você puxe minha orelha, porque esse cara definitivamente não se parece nada com ele mesmo aos vinte anos.
Tenho medo filho, medo de não ter sido pra você o tipo de pai que eu sempre quis ser, de não ter te levado pra andar de bicicleta, medo de ter chego em casa depois de um dia cansativo e não imitar um super-herói só pra arrancar um sorriso seu, medo de não ter dito todos os dias um "boa noite" com um beijo ao arrumar sua coberta, de não fazer guerras de travesseiro e ataques de cócegas, de não ter sido acessível todas as vezes que você precisou, medo de não ter te dado a mesma oportunidade que o vovô me deu, de ter o melhor pai do mundo.

 Eu queria saber explicar um pouco melhor o quanto é possível amar uma pessoa que ainda não existe - mas é difícil explicar a dimensão de algo que nem nós entendemos, não é?


PS.: Agora que a carta acabou guarda ela e corre lá na cozinha, eu e a mamãe estamos te esperando pra jantar, corre ou a comida esfria! TE AMO FILHO (desde sempre)...


                                                                                                            Papai

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Eu, um PASTOR ??!!??




Pois é pessoal, quem sabe você lê esse blog e ainda não me conhece!
Tenho uma notícia pra vocês: Sou um futuro pastor batista!

Um futuro pastor tem um blog que trata de assuntos que não tem nada a ver com teologia?? como assim??
Pois é, esquisito né?

A questão é que eu já estou no terceiro ano da faculdade de teologia e meu futuro aida é uma cortina de dúvidas...

Já pensei, sonhei e planejei tanta coisa...

As vezes penso em engatar um mestrado assim que acabar o curso (pois é, confesso: o que começou como um requisito obrigatório virou uma paixão)
As vezes tudo o que eu mais quero é terminar logo o curso e partir logo pro concílio...
As vezes tenho medo desse tão esperado concílio...
(pra quem não sabe, o concílio é quando é montado um grupo que irá investigar toda a sua vida e julgar se você realmente está apto para esta função, se passar por essa fase você enfrenta cerca de umas 50 perguntas teológicos que irá medir seu grau de conhecimento, se passar por esta fase aí sim é feito um culto onde você é consagrado e recebe o título de PASTOR!)

Maaas... e se depois do concílio eu não "virar" pastor, sabe?
Quer dizer, e se eu continuar o mesmo Daniel brincalhão que faz piada sem graça e que tem ciumes dos seus amigos?
Ou pior ainda: E SE EU MUDAR!?! =O
Será que eu estou pronto pra perder minha identidade e ser conhecido apenas como Pastor?

Diante dessas dúvidas eu me perco, me preocupo e fico ansioso... confesso que ainda tenho muito o que aprender sobre Fé!

Quem sabe eu esteja falando sozinho às 4 da manhã e influenciado pelo tema depois de ler um livro de Charles Spurgeon... mas, o que tinha pra hoje era só isso mesmo!

Abraços!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TEO, O QUE? - TEOLOGIA!!!


Geralmente todo jovem que é apresentado pelos pais a algum amigo ou conhecido de longa data, além de ter de sorrir muito, é levado obrigatoriamente a responder coisas do tipo: “nossa como você cresceu, sabia que eu já te peguei no colo?”.

Veja que da minha parte isso não é uma crítica, afinal é algo muito natural, especialmente pela falta de assunto recorrente da pouca intimidade. Só que não para por ai, quando isso acontece comigo eu já me preparo para responder a segunda bendita e obrigatória pergunta: “O que anda fazendo da vida?”. Essa segunda indagação já se torna mais abrangente, ela não se destina somente aos jovens. Seja num bate-papo na fila do supermercado, seja regando o jardim enfrente a sua casa, em qualquer circunstância ou onde estiver, vão te perguntar, “o que você faz da vida?” ou ainda, “com o que você trabalha?” ou mais, “onde você estuda?”.

Particularmente quando sou acometido por algumas destas perguntas eu geralmente respiro fundo, estufo o peito e levantando a cabeça com muito orgulho respondo em auto e bom som, “sou estudante de te-o-lo-gi-a”. Diante dessa minha resposta as três principais reações que acontecem com maior incidência são:

Primeiro, a pessoa regala os olhos, e balançando a cabeça positivamente diz,“hum”. Essas pessoas pertencem ao grupo que não sabendo o que significa teologia fingem que sabem e encerram a conversa por ali mesmo.

Segundo, a pessoa franze a testa enquanto libera um sorriso amarelo e simplesmente diz, “legal”. Essas pessoas pertencem ao grupo mais capitalista, são aqueles que não se conformam com a hipótese de que num mundo como o nosso alguém possa se quer pensar em não se dedicar a algum curso que lhe renda um bom lucro.

Terceiro, a pessoa baixa a cabeça lentamente esboçando um olhar compassivo e diz, “você vai ser padre?”. Essas pessoas pertencem ao grupo que de tanto presenciarem os “pastores” que estão por ai nas mídias, desconhecem se quer a existência de seminários sérios destinados a teologia protestante.

Mas o que me conforta e anima, são aqueles que dizem com um largo e sincero sorriso nos lábios “o mundo precisa mesmo de pessoas bem preparadas para servir o reino de Deus, trazendo dignidade e amor ao próximo, parabéns”.

Só um desabafo:

"Infelizmente hoje, a vocação pastoral, o chamado missionário... Estão fora de moda, o negócio é GANHAR DINHEIRO. Muitas pessoas têm criticado a dedicação integral ao preparo teológico, esses, porém fazem parte do grupo que critica. Mas que não gostariam da ideia de derem seus filhos num seminário em detrimento de outros cursos que lhe renda (ao jovem), um bom salário".

Texto de Guilherme La Serra

quarta-feira, 27 de julho de 2011

What faith can do


Todo mundo cai de vez em quando
Precisa encontrar força para levantar
Das cinzas e começar novamente
Qualquer um pode sentir dor
Você acha que é mais do que pode suportar
Mas você é mais forte, mais forte do que você acha
Não desista agora
O sol em breve brilhará
Você precisa enfrentar as nuvens
para ver o sol brilhando atrás

Kutless




quinta-feira, 14 de julho de 2011

Se eu pudesse viver novamente...


... Eu teria convidado amigos para jantar, mesmo que o carpete
estivesse manchado e o sofá desbotado. Teria sentado no gramado
com meus filhos sem me preocupar com as manchas de grama.
Nunca teria comprado coisa alguma apenas por ser prática, por não
estragar com facilidade ou ser garantido para a vida toda. Quando
um filho meu me beijasse impetuosamente, nunca teria dito:
"Depois. Agora vá lavar as mãos para o jantar". Teria havido mais
Eu te amo e mais Desculpes, mas acima de tudo, dada uma nova
chance de vida, eu abraçaria cada minuto, olharia para ele de
forma a realmente vê-lo, vivê-lo o jamais abrir mão dele.



Trecho de um artigo de Erma Bonibeck

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Separação


Chuva, frio, vento... Uma porta se abrindo, cabeças baixas, olhares vazios, nada a se dizer!
Como pode ter acabado assim? Não era eterno? A promessa não era de estarem juntos até o final? Mas talvez o final seja exatamente esse.
O fato é que ficar ali já não era possível! Aquela casa, aquela pessoa que estava á sua frente, até ontem sua outra metade, hoje uma desconhecida. Virar as costas e sair? Pode parecer desaforo. Dar um adeus desejando boa sorte na vida? Vai soar como sarcasmo. Melhor é não dizer nada.
A mala está aos seus pés no chão frio, bem ali, do lado de todas as promessas e juras de amor um dia feitas, bem ali, no azulejo frio, exangue, agonizante...
Ele pega a mala, abre a porta e fecha a blusa. Sai. Dois passos, três, quatro... em cada um deles algo se funde numa mistura cada vez mais homogênea e difícil de classificar: dor, liberdade, frustração, esperança, arrependimento... difícil de classificar.
O intransponível gramado da frente é vencido. "Eu tinha de ter aparado essa grama", é a frase que lhe vem a mente acompanhada de um sorriso triste, a lembrança de uma função adiada muitas vezes e que já não mais seria possível cumprir, aquela já não era mais sua casa, já não era mais sua vida.
No portão ainda é nítida a sensação de ser observado lá de dentro, o coração aperta, mas ele é orgulhoso e não vai olhar pra trás, não dará o braço a torcer.
Ganha a rua, mas vai pra onde? Ainda não tinha pensado nisso. Apenas caminha em direção de algo, uma nova vida, um novo começo.
A chuva torrencial já se transformara numa garoa chata e gelada, como se os céus tivessem se acalmado para ouvir o palpitar de um coração solitário, um coração que hoje bate apenas por bater, sem nenhuma razão pra isso. Garoa, frio, vento...

domingo, 19 de junho de 2011

Crescemos como humanidade... que lástima!

Muitos anos antes de sua morte, um notável rabino, Abraham Joshua
Heschel, sofreu um ataque do coração quase fatal. Seu melhor amigo
estava ao lado de seu leito. Heschel estava tão fraco que só conseguiu
sussurrar:
— Sam, sou grato pela minha vida, por todos os momentos que vivi.
Estou pronto para partir. Vi tantos milagres na minha vida.
O velho rabino ficou esgotado pelo seu esforço em falar. Depois de uma
longa pausa ele disse:
— Sam, nunca na minha vida pedi a Deus sucesso, sabedoria, poder
ou fama. Pedi assombro, e ele me concedeu.
Pedi assombro, e ele me concedeu. Um burguês sem imaginação irá
cutucar o nariz diante de uma pintura de Claude Monet; uma pessoa cheia
de assombro ficará ali em pé tentando segurar as lágrimas.
De modo geral, o mundo perdeu o senso de assombro. Crescemos. Já
não perdemos o fôlego diante de um arco-íris ou
do perfume de uma rosa,
como acontecia antes. Ficamos maiores e todo o resto ficou menor, menos
impressionante. Tornamo-nos apáticos, sofisticados e cheios da sabedoria
do mundo. Não deslizamos mais os dedos sobre a água, não gritamos
mais para as estrelas nem fazemos caretas para a lua. Água é H2O, as
estrelas foram classificadas e a lua não é feita de queijo. Graças à
televisão via satélite e aos aviões a jato, podemos visitar lugares que no
passado eram acessíveis apenas por Colombo e outros exploradores intrépidos.
Houve um tempo, não muito distante, em que uma tempestade fazia
um homem adulto estremecer e sentir-se pequeno. Deus, no entanto, está
sendo deixado de lado pelo mundo da ciência. Quanto mais sabemos
sobre meteorologia menos inclinados nos tornamos a orar durante uma
tempestade. Os aviões voam agora acima, abaixo e entre elas. Os
satélites reduzem-nas a fotografias.Tornamonos
complacentes, vivendo vida prática. Perdemos a experiência do
assombro, da reverência e da maravilha.
Heschel diz que hoje cremos que todos os mistérios podem ser
resolvidos, e que todo o assombro não passa do "efeito que o novo
imprime sobre a ignorância". Certamente o novo é capaz de nos
impressionar: um ônibus espacial, o jogo mais recente de computador, a
fralda mais macia. Até amanhã, até que o novo se torne velho, até que a
maravilha de ontem seja descartada ou tomada como coisa certa. Não é
de admirar que o rabino Heschel tenha concluído: "A medida que a
civilização avança, o senso de assombro declina".


Trecho extraído do Livro Evangelho Maltrapilho de Brennan Manning

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ao amigo mais chegado que um irmão


Quem é este que há alguns anos era um total desconhecido e hoje escolho como aquele que vai saber dos meus piores defeitos e maiores segredos?

Porque resolvi abrir mão da primeira (má) impressão a seu respeito e optei por te conhecer melhor antes de bater o martelo sobre ser ou não seu amigo? (e seja lá o que me levou a este impulso, bendito seja aquele momento).

Donde vem a confiança que me inspira? - Do tempo de convívio?? Duvido muito!! - Essa confiança é incomparavelmente maior que os raros momentos quando nos encontramos.

Quem arquitetou esses gostos, manias e vícios de linguagem tão parecidos e por vezes, paradoxalmente tão diferentes?

Que importância tem a linha (tênue) que separa amigos verdadeiros de irmãos? Quem pode dizer que minto se te chamo de irmão? Não sinto que minto se afirmo que tenho um gêmeo perdido por aí... Pois sinceramente já não lembro se você é um amigo com o mesmo DNA ou um irmão mais amigo que qualquer amigo.

Com um texto simples e com palavras minimalistamente escolhidas te homenageio e agradeço!

Deus te abençoe meu brother! =)

Dedicado a Michel Ramos

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011


Depois de alguns (intermináveis) minutos olhando quieto e pensativo para aquele pequeno e amassado caderno onde escrevia algumas banalidades, ele parece finalmente ter encontrado palavras para exteriorizar os porões de sua alma... Alguns instantes rabiscando algo na ultima folha e ele deixa a caneta de lado, lê e re-lê com um pequeno espanto (como quem duvida ter sido o autor desse texto), depois disso ele abandona no chão o seu mudo ouvinte-confidente, apaga as luzes e deita. O que tinha registrado naquela ultima e amarelada página? Talvez nunca saibamos! O que sei é que agora é possível observar um pequeno repuxar em seus lábios, um projeto de sorriso tímido, o que mudou? Talvez nunca saibamos!

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quanto mais as coisas mudam, mais permanecem iguais (Sting)


Meu maior defeito é minha incapacidade de mudar, mas eu não acho que estou sozinho nisso, aliás, quanto mais eu conheço pessoas mais eu reconheço nelas o mesmo defeito.

Permanecendo exatamente iguais enquanto for possível, Permanecendo exatamente imóveis. Se sentem bem de alguma forma.

E se você está sofrendo, ao menos a dor é familiar.

Porque se você agarrar esse salto de fé, indo pra fora da caixa, fazendo algo inesperado... Quem sabe que outra dor poderá estar aguardando lá fora? As chances podem ser ainda piores.

Então você mantém o atual status, escolhendo a estrada já conhecida.

Mas esse defeito não parece tão ruim, não tão ruim quanto onde um outro defeito pode chegar. Quer dizer... Você não está se drogando nem matando ninguém... Exceto um pouco de você mesmo, talvez.

Quando finalmente mudamos, eu não acredito que aconteça como um terremoto ou uma explosão onde, subitamente tudo o que somos vira uma pessoa diferente.

Acho que é muito menor que isso, é o tipo de coisa que a maioria das pessoas não vai nem perceber, a não ser que elas olhem extremamente de perto – O que, graças a Deus elas nunca fazem.

Mas você percebeu, dentro de você essa mudança se parece com um mundo de diferença, e você espera que assim seja, para que esta seja a pessoa que você será pra sempre... Para que você nunca mais tenha de mudar novamente.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Verdades da Vida que preciso aprender!

Chorar não resolve,
Falar pouco é uma virtude (preciso aprender)
Aprender a se colocar em primeiro lugar não é egocentrismo, é amar-se, todos têm que se amar em primeiro lugar;
E o que não mata, com certeza fortalece.

Vontades efêmeras não valem à pena. 
Quem faz uma vez não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze.
Essa história de que é melhor acordar arrependido do que dormir com vontade é mentira! 
Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. 
Nem todo mundo é tão legal assim, e de perto ninguém é normal.
Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, 

o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente.
Não é preciso perder pra aprender a dar valor.
Os amigos ainda se contam nos dedos. 

Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida e o que nunca deveria ter entrado nela.
Pra qualquer escolha segue alguma conseqüência. 
Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado.
Às vezes mudar é preciso, nem tudo vai ser como você quer... 
A vida continua! O tempo sempre vai ser o melhor remédio.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


A vida é como um piano, as teclas brancas são as suas alegrias e as teclas pretas seus momentos de tristeza. Mas com o tempo você descobre que as teclas pretas também são fundamentais para a execução de uma bela música.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nostalgia



Até mesmo numa cidade pequena as coisas mudam, de um jeito sutil e peculiar... mas mudam...
Pessoas morrem, pessoas se mudam; você se muda... Você MUDA...
Depois de algum tempo você percebe que aquele seu melhor amigo se tornou apenas um colega...
Que aquele que te jurou uma amizade eterna, hoje mal lembra do seu nome (e, acredite em mim, não é por maldade, ele simplesmente não lembra).
...Que o cara mais fera das complicadas equações matemáticas, hoje tem uma séria dificuldade para se virar sem uma calculadora...
O que era familiar hoje te é estranho, o que era fundamental já virou descartável.
É engraçado, como a saudade e a nostalgia te fazem romantizar cada lembrança. E quanto mais antiga a história, mais os fatos são confundidos com os detalhes eufemicos que nós “acidentalmente” lhes adicionamos.
Pode me chamar de nostálgico (eu não posso tirar sua razão), mas eu quero lhes dizer que já fui mais (inacreditável né?). Depois de algum tempo eu percebi, eu finalmente percebi, que não adianta nada se lamentar pelas mudanças, elas são inevitáveis - mais que isso, elas são fundamentais.
Depois de um tempo eu finalmente percebi que as coisas não ficam piores nem melhores com as mudanças, ficam simplesmente DIFERENTES.
Eu já fui mais egoísta e quis que meus amigos vivessem eternamente com saudades de mim...
Já fui mais impaciente e não quis ouvir algumas pessoas – as mesmas pessoas de quem hoje sinto grandes saudades.
Já fui mais simplista e sinto falta desse tempo.
Já fui mais educado, mais bobo, mais simpático, mais dependente...
MUDEI!

Como todo nostálgico, eu sinto falta do passado intocado, mas aprendi a apreciar as mudanças, a olhar de fora e enxergar beleza no movimento da vida!
... de alguém em eterna mudança!