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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Nostalgia



Até mesmo numa cidade pequena as coisas mudam, de um jeito sutil e peculiar... mas mudam...
Pessoas morrem, pessoas se mudam; você se muda... Você MUDA...
Depois de algum tempo você percebe que aquele seu melhor amigo se tornou apenas um colega...
Que aquele que te jurou uma amizade eterna, hoje mal lembra do seu nome (e, acredite em mim, não é por maldade, ele simplesmente não lembra).
...Que o cara mais fera das complicadas equações matemáticas, hoje tem uma séria dificuldade para se virar sem uma calculadora...
O que era familiar hoje te é estranho, o que era fundamental já virou descartável.
É engraçado, como a saudade e a nostalgia te fazem romantizar cada lembrança. E quanto mais antiga a história, mais os fatos são confundidos com os detalhes eufemicos que nós “acidentalmente” lhes adicionamos.
Pode me chamar de nostálgico (eu não posso tirar sua razão), mas eu quero lhes dizer que já fui mais (inacreditável né?). Depois de algum tempo eu percebi, eu finalmente percebi, que não adianta nada se lamentar pelas mudanças, elas são inevitáveis - mais que isso, elas são fundamentais.
Depois de um tempo eu finalmente percebi que as coisas não ficam piores nem melhores com as mudanças, ficam simplesmente DIFERENTES.
Eu já fui mais egoísta e quis que meus amigos vivessem eternamente com saudades de mim...
Já fui mais impaciente e não quis ouvir algumas pessoas – as mesmas pessoas de quem hoje sinto grandes saudades.
Já fui mais simplista e sinto falta desse tempo.
Já fui mais educado, mais bobo, mais simpático, mais dependente...
MUDEI!

Como todo nostálgico, eu sinto falta do passado intocado, mas aprendi a apreciar as mudanças, a olhar de fora e enxergar beleza no movimento da vida!
... de alguém em eterna mudança!

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