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terça-feira, 30 de outubro de 2012

A morte perdeu

                                                                                                     Por Igor Miguel

Depois que Jesus ressuscitou, a história tornou-se serva da eternidade.  Alguém venceu a morte, alguém não encontrou na morte um fim.  A morte é esta contradição tenebrosa, esta ruptura radical que angustia e que faz a alma ficar aflita, ansiosa. 

Olhar pra cruz é ver a morte afligindo a alma mais pura, o ser mais indigno de seus açoites e seus medos.  A morte não podia ter acometido o Verbo, caiu em uma grande armadilha divina, foi fisgada pela vida.   O triunfo de Cristo a capturou, Jesus agora tem a chave da morte e do Hades.

A ressurreição é o retorno do segundo Adão dos lugares mais sombrios, dos calafrios e arrepios mórbidos.  Jesus como Adão, confundido com o jardineiro, assume o cuidado que foi comissionado ao primeiro homem.  O segundo Adão é cheio de plenitude, o homem perfeito, dele procedem vitalidade e graça.  Impossível ser verdadeiramente humano fora da humanidade de Cristo.  Impossível ser totalmente redimido fora de sua divindade.

Ele tinha que ser Deus, pois homem não salva homem.  Mas o Deus que se fez homem poderia fazê-lo. E o fez eficazmente.   Cristo é a exibição pública da face de Deus.  Quando se olha para Cristo, o Espírito da vida é derramado no coração. Antes temeroso pela morte, agora vive pelo sorriso e o consolo, sente um aroma de eternidade e prova o sabor da árvore da vida.

Fora de Cristo só resta morte, pavores, temores e cheiro de enterro.  Em Cristo encontra-se vitalidade, flores que desabrocham, cânticos harmônicos e a ardente esperança.  A esperança é que se alguém morre na semelhança da morte de Cristo, também revive na semelhança de sua ressurreição. 

Depois que Cristo venceu a morte e a ameaça do tempo, a história curvou-se diante da eternidade.


"A morte foi tragada pela vitória."  (Apóstolo Paulo)

Soli Deo Gloria!




domingo, 7 de outubro de 2012

Inspiração


As inspirações vêm nos momentos mais improváveis e inusitados, o que tento fazer é apenas aproveitar esses lampejos! Meu único trabalho é tentar colocar pra fora aquilo que já estava guardado, mas apenas nesses raros momentos tive oportunidade de organizar e expressar.
Não me acho o melhor com as palavras (nem faço questão que assim seja), o que sei é que não sou bom com muitas outras coisas...
Gostaria de compôr canções, mas a beleza harmônica de uma melodia bem feita, simplesmente está muito além da minha compreensão. Também adoraria me expressar pessoalmente, mas definitivamente as palavras me fogem da boca. Por isso escrevo.
Para mim as palavras ficam guardadas em outro lugar... na ponta dos dedos, na tinta de uma caneta, entre as linhas de um papel... apenas esperando os raros momentos de inspiração para se revelarem. Tal qual uma escultura já estava dentro da árvore, apenas esperando, pacientemente, que o escultor retire o excesso de madeira que a esconde.