Só pra não dizer que não avisei... Eu começo este post com
plena certeza que no fim o texto vai parecer muito com o roteiro de um
comercial de margarina, onde pessoas saudáveis aparecem apreciando um
belo café da manhã, numa mesa bem farta ao estilo colonial, com uma musica de violino ao fundo, e dizendo pra você
DESACELERAR.
Embora eu não tenha a pretensão de fazer você mudar radicalmente de vida
com um simples texto, gostaria que você pensasse um pouquinho pelo menos no
ritmo que você está levando ela.
Decidi escrever esse post depois da seguinte situação:
Resolvi acordar cedo hoje pra terminar alguns trabalhos da
faculdade, já era lá pelas 3 da tarde quando percebi q não aguentava mais olhar
pra tela do Word e pras paredes brancas do meu quarto... Eu tinha q sair, espairecer...
Mas pra onde? (é... eu moro em Curitiba mas não costumo visitar parques,
museus, nem nada assim) ... Resolvi ir no mercado, estava mesmo precisando
comprar algumas coisas (podiam muito bem esperar, mas era um bom pretexto)
Lembro de ter me trocado, ter pego a mochila (evitar o uso
de sacolas plásticas é fácil) e saído de casa, a questão é que não lembro de
como cheguei lá, nem da ordem em que coloquei as compras no cesto, só me dei
conta que já estava praticamente correndo na rua quando estava à uma quadra de
casa novamente. Mas... a intenção não era dar uma volta sem compromisso? Aproveitar o
trajeto? Olhar a rua e o movimento? Porque eu não fiz isso???
A verdade é que a gente já está tão acostumado a viver no
automático (acordar, vestir, andar, correr, trabalhar, estudar, comer, dormir,
acordar...) que quando tem a oportunidade de desligar um pouco – VIVER – a
gente simplesmente não sabe fazer isso! Costumamos pensar na possibilidade de viver quando já é um pouco tarde, ou quando levamos pequenos chacoalhões da vida (pode ser uma doença que te acometeu, ou a morte de alguém bem próximo)... Bem, minha intenção (talvez um pouco pretensiosa confesso) é a de te dar um "chacoalhão" desses, pra que a vida não o tenha que fazer!
Ainda que você não tenha a oportunidade de sair da
rotina de vez em quando, tente ao menos sair do automático, faça as coisas no
modo “pensante”. Experimente perguntar o cordial “Tudo bem?” estando de fato
atento à resposta. Faço da pausa pro cafezinho um bom momento pra olhar à
volta, bater um papo e rir com os colegas do trabalho! Pequenas coisas banais,
mas que ao final do dia vão ter feito uma tremenda diferença, quem dirá ao
final de um ano, ou de uma vida?